O Bloco Maria Baderna, que desfilou no sábado de Carnaval (13), em Contagem, voltou a desfilar na terça-feira (13), em Belo Horizonte, e arrastou milhares de foliões. Pelo quarto ano consecutivo, os artistas e ativistas que fazem parte do grupo organizaram o cortejo, que inclui a bateria e as bonecas gigantes da Maria Baderna, do Moçamba e da Tivane.
O Maria Baderna precisou de aproximadamente três horas para atravessar a praça Duque de Caxias, mais conhecida como praça de Santa Tereza. Foliões de todas as idades seguiram o bloco. Muitos aproveitaram para fotografar e fazer selfies com os bonecos gigantes. As músicas autorais de protestos também chamaram a atenção do público.
O cantor e compositor Chedinho apresentou o bloco para os foliões e fez questão de ressaltar o porquê do nome Maria Baderna. “Há cerca de cinco anos, nós, artistas de Contagem, fomos chamados de 'baderneiros' pelo poder público quando cobrávamos mais investimentos na cultura local. Pesquisamos a origem da palavra 'baderneiros' e descobrimos a história da bailarina italiana Marietta Maria Baderna. No fim do século XIX, uma companhia de dança italiana chegou ao Rio de Janeiro e, com ela, uma moça liberal que ousou misturar a dança clássica com gestos da dança afro-brasileira. Maria Baderna, como ficou conhecida, foi bastante criticada e seus seguidores foram tachados de baderneiros. Por isso somos o Bloco Maria Baderna, os baderneiros de Contagem”, explicou Chedinho.
