Data de publicação: 25-06-2018 18:15:00 4d225

Após críticas, Senado apaga publicação sobre efeitos da maconha 4p583b

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Foto: Polícia Federal/Divulgação
 
Agência Brasil
 
A repercussão negativa motivou o Senado a deletar de sua página oficial no Facebook uma publicação sobre os possíveis malefícios da maconha. Divulgada no último domingo (24) e criticada por especialistas e internautas, a mensagem que alegava que o uso da Cannabis sativa pode levar à morte imediata, entre outros possíveis efeitos controversos, foi retirada do ar na tarde desta segunda-feira (25).
 
Em nota de esclarecimento, a instituição esclarece que as informações foram produzidas a partir de material da Academia Nacional da Polícia Federal, para a série de posts que o Senado vem divulgando nas mídias sociais, devido à Semana Nacional de Políticas Sobre Drogas.
 
Aberta no último dia 18, a semana nacional se encerra oficialmente na próxima terça-feira (26). Instituída em 1999, a data visa a conscientizar a população sobre os efeitos das drogas. Entretanto, para estudiosos do tema, como Andrea Gallassi, da Plataforma Brasileira de Política de Drogas, a publicação do Senado tenta amedrontar a população a partir de dados questionáveis. Ex-coordenadora-geral de Capacitação da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), do Ministério da Justiça, e ex-consultora da Coordenação Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, do Ministério da Saúde, Andrea, afirmou, no Facebook, que a ciência não registra uma única morte que possa ser atribuída ao uso da maconha.
 
“A assessoria do Senado Federal está dando um péssimo exemplo ao divulgar fake news [informações falsas] sobre os malefícios do uso da maconha”, escreveu Andrea. “Amedrontar se valendo de mentiras não é o caminho republicano para informar a população”, completou a estudiosa.
 
Descriminalização
 
Em meio ao debate entre os que defendem os eventuais benefícios que poderiam advir da descriminalização do uso da maconha e de outras drogas e os que apontam os riscos para a saúde dos usuários e para a segurança pública com a eventual liberação do consumo, o próprio Senado discute um projeto de lei suplementar (PLS 514/2017) que visa a mudar a Lei Antidrogas (Lei 11.343), descriminalizando o cultivo da planta, que poderia ser cultivada em casa. A mudança proporcionaria, inclusive, que as famílias que lutam pela regulamentação da Cannabis sativa para fins medicinais e pesquisadores obtivessem mais facilmente os derivados da planta para uso terapêutico.
 
O assunto, no entanto, tem provocado muita controvérsia, com argumentos pró e contra a planta sendo apresentados junto a dados que, ora apontam os riscos do consumo da maconha, ora relativizam esses mesmos perigos, alegando que a educação seria mais eficaz que a mera proibição, com a vantagem de reduzir as consequências indesejáveis do combate às drogas, como a violência e a marginalização dos usuários. O próprio ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu na última sexta-feira (24) a distinção entre usuário e traficante e a descriminalização do porte de drogas.
 
Para Jungmann, isso ajudaria a reduzir o número de mortes violentas de jovens no país, além de desafogar o sistema penitenciário brasileiro. Jungmann lembrou que a Lei Antidrogas já prevê tratamento diferenciado para usuários e traficantes, mas não estabelece a quantidade de droga que caracterizaria o porte. 
 
Segundo o Ministério da Segurança Pública, aproximadamente 74% da população carcerária brasileira são formados por pessoas que praticaram crimes de baixa periculosidade, entre eles, pequenos traficantes e usuários de drogas. No site, o Ministério da Saúde classifica o uso, o abuso e a dependência química como problemas “complexos, multifatoriais e que exigem abordagem interdisciplinar, envolvendo múltiplas áreas governamentais (Saúde, Assistência Social, Trabalho, Justiça, etc)”.
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