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O Centro de Atendimento e Inclusão Social (Cais), com sede em Contagem, está ampliando sua atuação por meio de parcerias com instituições de ensino, como a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), PUC-Minas, UNA e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. Estágios para estudantes de medicina, psicologia e assistência social, além de oferta de cursos e realização de conferências estão entre as ações adotadas.

Na última semana, aconteceu um encontro virtual com representantes do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Psicanálise (Nupep), vinculado ao Serviço de Psicologia Aplicada da UFSJ. O evento foi promovido pela Clínica do Autismo da universidade, chamada Pintando o Setting, por meio do programa “Circulando os Settings”, que realiza diálogos com pesquisadores, estudantes, clínicas e instituições sobre esse universo.

“A escolha do CAIS para essa interlocução partiu do conhecimento pela nossa equipe dos trabalhos desenvolvidos neste centro, especificamente com as crianças autistas. Do mesmo modo, o fato do trabalho realizado no CAIS ser atravessado pela psicanálise, nos leva a querer dialogar com as possibilidades desse trabalho desenvolvido e poder fazer um intercâmbio com nosso fazer em nossa Clínica no interior da universidade”, destacou a coordenadora do Pintando o Setting, professora e doutora pela UFMG, Glaucia Calvazara.

Estágios

De acordo com o Cais, até agosto deste ano, mais de 50 alunos fizeram estágio na organização. O programa, que tem duração de cinco semanas, tem foco na saúde mental, mas também em detecção precoce e intervenção clínica com bebês.

“O grande diferencial que percebo na formação desses futuros médicos é que no Cais praticamos cotidianamente uma abordagem multiprofissional, orientada pela psicanálise. Nesse ambiente, os alunos conseguem vivenciar os benefícios de uma atuação integrada entre as diferentes clínicas e os diferentes serviços presentes, seja na assistência social, na pedagogia ou nas artes. Nosso foco não se restringe apenas às questões orgânicas da saúde mental. Nos preocupamos com uma escuta diferenciada desses sujeitos e de suas famílias. Isso é muito importante para o desenvolvimento pessoal e profissional desses alunos”, afirmou o professor da Faculdade de Ciências Médicas e supervisor dos atendimentos dos estagiários, Flávio Lopes.