Foto: MST/Divulgação
Cerca de 500 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a entrada da mineradora Samarco, em Mariana, na região central de Minas Gerais, na manhã desta sexta-feira (5). A ação também contou com a participação do Levante Popular da Juventude e do Movimento pela Soberania Popular na Mineração.
Os manifestantes cobraram justiça pelo rompimento da barragem do Fundão, que está completando seis anos nesta sexta. A tragédia deixou 19 pessoas mortas, centenas de famílias desabrigadas nos subdistritos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira, além de uma grande devastação ambiental causada pelos mais de 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos, que chegaram a atingir o mar no Espírito Santo. Ninguém foi punido criminalmente.
Silvio Netto, da Direção Nacional do MST, afirmou que o rompimento da barragem em Mariana expôs as fragilidades do modelo de mineração adotado em Minas, e relembrou a tragédia de Brumadinho, que matou 270 pessoas.
“É importante ressaltarmos que esse modelo de mineração cria problemas ambientais e sociais, gera baixa arrecadação aos municípios, cria dependência e empregos que oferecem risco a toda a população mineira. Enquanto isso, toda a riqueza explorada beneficia o capital estrangeiro, materializado em empresas como a Samarco, a Vale e a BHP”, disse Silvio.
O MST também apontou a impunidade dos envolvidos e a falta de participação popular no processo de reparação aos atingidos.
ados seis anos, os reassentamentos ainda não ficaram prontos. Das 203 casas previstas em Bento Rodrigues, apenas 10 estão concluídas e 87 estão em construção. Em Paracatu de Baixo, das 83 moradias, somente 11 estão sendo feitas.