A tradicional Missa do Trabalhador e da Trabalhadora emocionou fiéis na manhã desta quinta-feira, 1º de maio, na Praça da Cemig. A celebração eucarística em homenagem ao Dia do Trabalhador, teve bênção das carteiras de trabalho e distribuição de mudas de árvores.
A 49ª edição da missa de São José Operário, padroeiro dos trabalhadores, foi celebrada e presidida pelo bispo auxiliar da Arquidiocese de Belo Horizonte, Dom Nivaldo dos Santos e concelebrada pelos padres da Região Episcopal Nossa Senhora Aparecida (Rensa).

Na homilia, Dom Nivaldo destacou a importância de São José como exemplo de trabalhador justo e honesto, ressaltou o valor da dignidade do trabalho e a importância de lutar para que ele seja ível a todos, com justiça e respeito.
“Jesus aprendeu com São José o valor do trabalho e da partilha. Neste dia, rezamos para que o trabalho digno alcance todos os lares e para que os direitos de quem trabalha sejam respeitados”, afirmou o bispo.
O bispo finalizou a homilia ressaltando a importância do descanso, já que as jornadas de trabalho são cada vez mais exaustivas. Também foi pedido um minuto de silêncio pela a alma do Papa falecido um dia depois da Páscoa e gerou uma comoção mundial.

A benção
Como parte da programação, os fiéis participaram da tradicional bênção das carteiras de trabalho e outros objetos, momento simbólico que representa o pedido por empregos, sustento e dignidade para as famílias.
Segundo o bispo, a missa é um preparativo para o Jubileu de Ouro em 2026, que pretende reforçar a conexão entre fé, natureza e justiça social. A proposta é lembrar que o trabalho é dom e missão, e que deve sempre ser pautado pelo bem comum e pela valorização da vida.

Também foram distribuídas pelo projeto Boi Rosado Ambiental, de Contagem, cerca de 200 mudas de árvores, entre frutíferas, medicinais e ornamentais, que há mais de 20 anos tem parceria com a celebração.
Direito de fala
Excepcionalmente, esse ano, não foi dado o momento de fala aos sindicatos dos trabalhadores, que, como sempre acontecia, eram permitidos falar com o público antes da celebração ecumênica.

A representante do Sindicato dos Trabalhadores da Educação - SindUTE Contagem, Patricia Pereira, reclamou que no Dia do Trabalhador, os trabalhadores tiveram a palavra cerceada.
“No próximo ano, vamos trazer nosso próprio carro de som para que tenhamos garantido o nosso direito de fala e de expressão”, disse a coordenadora em entrevista.
Após a celebração, Dom Nivaldo, deu entrevista para a Contagem TV, abraçou e fotografou ao lado de fiéis. Todos se sentiram acolhidos pela simpatia e simplicidade do bispo, que fez lembrar o Santo Papa Francisco, diante da disponibilidade com o povo de Deus.

Fonte: Reportagem DC Online e Assessoria Rensa