Data de publicação: 29-06-2012 00:00:00 c1l6y

Contagem Esporte Clube, o time da nossa cidade 2n52d

Jornal Diário de Contagem On-Line

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Foto: Robson Rodrigues 


Gritos são ouvidos do campo do Guanabara, no bairro São Joaquim, que tem mais terra do que grama. “a! Chuta! Assim não!”. As palavras são do técnico Hoffmann Batista durante o treino do sub-17 do único time de futebol profissional da cidade: o Contagem Esporte Clube. Vivendo uma realidade dura desde que nasceu, em 2006, o clube luta para chegar à elite do futebol do estado. Mesmo com as dificuldades, as pessoas envolvidas acreditam que é possível chegar ao lugar dos gigantes de Minas Gerais: Atlético, Cruzeiro e América. 

O Contagem EC não tem CT, jogadores milionários e torcida de massa. A equipe treina em campos emprestados pelos times amadores da cidade. Quando joga, não tem à disposição um estádio municipal. Vai para Igarapé ou Jeceaba mandar partidas.

Somando o sub-15, sub-17 e sub-20, são 70 atletas. O sub-17 é único que está competindo no momento. O juvenil está lutando para chegar ao campeonato mineiro.

A categoria de base é composta por jogadores de vários estados do Brasil. Tem baiano, mato-grossense e paraense. Até um colombiano veio parar aqui. Os garotos saíram de casa para tentarem crescer junto com o Contagem.

O atacante Luís Felipe Reis saiu de Redenção, cidade do Pará, para realizar o desejo de ser goleador. Ele chegou à cidade por intermédio de um procurador. “Estou há três meses aqui. Deixei minha família em busca de um sonho. A saudade aperta, mas é o jeito”. Luís mora em um alojamento com mais 29 atletas. A estrutura é disponibilizada pelo clube.

Outros jogadores não vieram de tão longe, mas o sonho é comum. O zagueiro contagense Paulo Sérgio já ou pelo Cruzeiro e foi convidado para encorpar o plantel. “Eu sei que é difícil, mas eu quero muito ser jogador de futebol, estou trabalhando demais para que isso aconteça”, explica o defensor.

O técnico do sub-17, Hoffman Batista está se formando em educação física e também vê o Contagem como uma oportunidade para começar a caminhada rumo aos grandes times. “Quero ser vencedor aqui e alçar voos maiores. Quem sabe um dia eu não estarei trabalhando na Europa?”, explica o treinador, que há quatro anos está no clube.

Como vencer?

Com mais de vinte anos de futebol e estágios com Telê Santana, Nelsinho Batista, Vanderlei Luxemburgo e Carlos Alberto Silva, o coordenador técnico do Contagem, Adaílton Nunes trabalha para colocar o time em condições de brigar com os rivais. Ele explicou o planejamento deste ano. “No juvenil, o objetivo é chegar ao campeonato mineiro. No sub-20, o time vai participar da Taça BH de Juniores, torneio que esperamos tirar jogadores para montar a base do time profissional que irá disputar, em agosto, a segunda divisão do campeonato mineiro profissional (equivalente à terceira divisão)”.


O orçamento de R$ 40 mil mensais não permite contratações caras, por isso a categoria de base é importante. Para o futebol profissional, a perspectiva é de uma folha salarial de R$ 20 mil. Ano ado, o clube quase chegou a semifinal com vencimentos de R$ 15 mil. “Em 2011, ficamos fora da semi do campeonato mineiro da segunda divisão, mas vencemos o campeão e o vice. O Araxá que levou a taça tinha um jogador que recebia R$ 15 mil, o que já valia todos os nossos jogadores. Competimos em igualdade com equipes de maior capacidade de investimento”, diz orgulhoso.


O clube tem dois patrocinadores, a construtora Paraopeba e a Prefeitura, mas é pouco. “Agradecemos muito os nossos mantenedores, mas eles são os únicos. A grandes empresas não estão nos dando atenção. A Aethra, sediada em Contagem, pagava ao Cruzeiro R$ 500 mil por ano. O Ricardo Eletro dava R$ 7 milhões para Atlético e Cruzeiro por ano. Se nos dessem R$ 70 mil resolveria nosso problema”, lamenta Adaílton.


O Contagem EC tem espaço para crescer e se tornar independente do poder público. Para que o dinheiro privado entre é preciso vencer em campo. Se isso acontecer, será possível tirar do papel o trunfo do clube para se tornar grande. A prefeitura, por meio de um comodato, cedeu por 20 anos, uma área de 75 mil m² para o Contagem Esporte Clube. O terreno no bairro Tropical servirá para a construção do Centro de Treinamentos. O projeto é ambicioso e prevê vários campos gramados, área istrativa, piscinas, academia e um alojamento.

 

Por Guilherme Reis 

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